Novos confrontos entre apoiantes e oponentes dos protestos voltaram a ser registados hoje nas ruas de Hong Kong, depois da detenção de 19 pessoas por incidentes ocorridos em vários pontos da cidade.
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De um lado estão os laços amarelos e do outro os laços azuis. O amarelo é a cor do protesto e o azul o símbolo das pessoas que querem o fim do bloqueio das ruas do bairro de Mong Kok, que tem sido o centro das manifestações de estudantes que pedem mais democracia para Hong Kong.
Um vídeo colocado no youtube mostra várias pessoas que cercam as tendas dos jovens estudantes e um deles confessa em inglês a uma jornalista ocidental que precisa ter a rua desocupada para comprar alimentos para a família.
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Entretanto, a Amnistia Internacional já veio acusar a polícia de hong Kong de falhar no dever de proteção dos manifestantes. De acordo com a organização,as mulheres que participam nos protestos pró-democracia estão a ser alvo de agressões sexuais e assédio.
Os confrontos também levantam preocupações de que a maior mobilização popular em Hong Kong possa seguir um rumo violento. Os observadores comentam que as mafias chinesas podem estar envolvidas nas contra manifestações porque entre os detidos das últimas horas estão várias pessoas alegadamente membros das triades.
O secretário para a Segurança, Lai Tung-kwok, já veio negar que o Governo tenha recorrido a tríades para atacar os manifestantes, depois de acusações de que infratores contratados invadiram os locais de protesto para instigar confrontos violentos.
Uma semana após o início, os protestos massivos nas ruas de Hong Kong vivem agora um momento-chave, depois de os confrontos de sexta-feira encetados por grupos que se opõem ao movimento ter levado os líderes estudantis a anunciar o rompimento do diálogo, ainda não iniciado, com o Governo.
O sétimo dia de protestos iniciou-se hoje com cerca de 600 manifestantes junto ao Governo de Hong Kong e com aproximadamente duas centenas na zona de Mong Kok, segundo a imprensa local.