Autoridades alertam que número de vítimas mortais deverá continuar a aumentar. Nos acampamentos provisórios, fontes militares estimam que cerca de 75 por cento das pessoas tenha abandonado estes locais e regressado a casa.
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Mais de 7.000 pessoas morreram no sismo que atingiu sábado, 25 de abril, o Nepal e alguns países vizinhos como a Índia e a China, revelaram as autoridades nepalesas.
Os responsáveis pelas equipas de emergência indicam terem já recolhido 7.056 corpos e que o número de feridos é, agora, superior a 14.000 pessoas.
As autoridades nepalesas alertaram ainda que o número de vítimas mortais deverá continuar a aumentar.
As equipas de socorro elevam, diariamente, o número de vítimas do sismo à medida que vão conseguindo retirar corpos entre os escombros e acedendo a locais por vezes remotos ou de difícil acesso devido à destruição provocada pelo sismo.
Entretanto, fontes militares citadas pela ag~encia noticiosa Efe, dão conta que cerca de 75 por cento de vítimas do sismo abandonaram os acampamentos provisórios instalados pelo Governo em Katmandu e regressaram a casa.
Segundo a EFE, no acampamento de Thudikel, o maior da capital nepalesa, encontravam-se entre 9.000 e 12.000 pessoas na passada segunda-feira, estando hoje entre 1.200 a 2.000 refugiados do sismo.
Também em outros 15 acampamentos instalados em diferentes pontos de Katmandu ocorreu o abandono de muitas pessoas que ali procuraram refúgio após o terramoto.
No sábado, novos sismos, de 4,2 e 5 de magnitude na escala de Richter (no sábado, foi de 7,8), foram registados no país, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
O Consórcio de Redução de Riscos no Nepal, entidade em que participam organismos das Nações Unidas, calculou que o terramoto tenha gerado cerca de 2,8 milhões de deslocados internos, numa população de 28 milhões de pessoas.
O terramoto, que atingiu países vizinhos como a Índia e a China, foi o que maior magnitude teve no Nepal em 80 anos e o pior da região na década desde que em 2005 outro sismo provocou mais de 84.000 mortos na Cachemira.