Roberta Metsola, líder do Parlamento Europeu, assinala que o mundo assistiu "ao assassinato de judeus pelo simples facto de serem judeus, mais uma vez".
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A presidente do Parlamento Europeu (PE), Roberta Metsola afirmou esta quarta-feira a disponibilidade de Bruxelas para "mediar" soluções para o conflito entre Israel e a Palestina e apelou à "imediata libertação" dos reféns.
Na rua, em frente ao PE, numa cerimónia perante os eurodeputados e membros da comunidade Judaica, a falar ao lado de Charles Michel e de Ursula von der Leyen, Roberta Metsola, homenageou as vítimas, considerando que o ataque contra civis repete um dos piores momentos da história global.
"O dia 7 de outubro é um dia que ficará na infâmia global. O mundo assistiu ao assassinato de judeus pelo simples facto de serem judeus, mais uma vez. Em Israel", lamentou Roberta Metsola.
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"Estamos aqui com o Presidente do Conselho Europeu, com o Presidente da Comissão Europeia e com todos vós, como um só, para expressar a nossa solidariedade, para condenar os terríveis atos de terror e de assassínio e para exigir a libertação imediata dos reféns", apelou
A presidente do Parlamento Europeu oferece a mediação da União Europeia, depois do ataque a Israel, mas clarifica que Bruxelas não vê o Hamas como um interlocutor no conflito israelo-palestiniano.
"A Europa está pronta a ajudar a mediar resoluções. Mas, não há justificação para o terrorismo. O Hamas é uma organização terrorista. Não representa as legítimas aspirações do povo palestiniano".
Considerando que o Hamas "não oferece soluções", Metsola afirmou que o grupo foi responsável pelo "derramamento de sangue" e "7 de outubro, o Hamas assassinou mais de mil [pessoas, entre as quais] bebés, crianças, mulheres e homens inocentes, e ainda mantém reféns cerca de 100 outras pessoas".
"Abriram fogo sobre centenas de jovens num evento musical, matando indiscriminadamente, incluindo cidadãos da UE. Raptaram raparigas e rapazes. Pegavam em idosos sobreviventes do Holocausto e arrastavam-nos para fora das suas casas. Desfilaram com pessoas mortas pelas ruas como se fossem troféus", afirmou, considerando que "isto é terror na sua pior forma".