Foi apresentado esta manhã o novo executivo de França, com 16 ministros. Ségolène Royal está de regresso ao governo e o novo ministro das Finanças é um homem muito próximo de François Hollande.
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Michel Sapin, até aqui ministro do Trabalho, vai assumir aquela que é considerada a pasta mais díficil do novo governo francês: um "superministério" das Finanças, com a pressão da Europa para uma profunda reforma das contas públicas francesas.
Michel Sapin ocupa o lugar que era até desenpenhado por Moscovici. Com 50 anos, é um dos políticos com mais anos de governo, em França.
Começou, no início dos anos 90, no Governo Bérégovoy, e na campanha presidencial de François Hollande, foi o diretor de campanha. Hollande foi também padrinho de casamento de Michel Sapin.
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Ségolène Royal, antiga candidata presidencial socialista, derrotada por Nicolas Sarkozy, assume a pasta da Ecologia e Energia. Um ministério que já tinha liderado, há 22 anos.
Ségolène foi, em tempos, a companheira do presidente Hollande, de quem tem quatro filhos.
O primeiro-ministro, Manuel Valls, tem um governo mais jovem em relação às duas versões anteriores.
Conta com Bernard Cazeneuve, no ministério do Interior. A pasta deixada vaga pelo agora primeiro-ministro, é entregue ao até aqui ministro adjunto para o Orçamento.
Foram reconduzidos Laurent Fabius nos Negócios Estrangeiros, e Jean Ives Le Drian, na Defesa. Arnaud Montebourg, o ministro responsável pelas PME e pela economia digital, assume a pasta da Economia.
Os Verdes, que tinham uma ministra no governo anterior, abandonam o executivo socialista. Os partidos radical de esquerda mantêm-se no executivo, e Christiane Taubira, a ministra da Justiça, posta em causa no escândalo das escutas, mantém-se no cargo.
O novo governo tem 16 ministros, acabando o cargo de ministros adjuntos, que elevava para 38 a lista de titulares do executivo de Jean Marc Ayrault.