Barack Obama deu esta tarde as boas-vindas ao papa. Na Casa Branca, onde se juntaram cerca de 15 mil pessoas, o presidente norte-americano elogiou Francisco pelos exemplos que dá enquanto homem. Já o papa pediu atenção para temas como as alterações climáticas.
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"O entusiasmo em torno da sua visita deve ser atribuída não apenas ao vosso papel como papa, mas às suas qualidades pessoais únicas. A forma como encarna a simplicidade, a gentileza das suas palavras e a a sua generosidade de espírito. Em si vemos um exemplo vivo dos ensinamentos de Jesus. Um líder cuja autoridade moral decorre não só das palavras mas dos atos. Lembra-nos que aos olhos de Deus, a nossa grandeza como indivíduos e como sociedade não é medida pela riqueza ou pelo poder, ou pela posição que ocupamos, ou pela celebridade, mas antes como respondemos ao desafio das escrituras de levantar do chão os pobres e os marginalizados", declarou Barack Obama, ao receber o chefe da Igreja Católica na Casa Branca, em Washington.
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O Presidente norte-americano saudou ainda o "papel precioso" do papa Francisco na reconciliação entre os Estados Unidos e Cuba, após meio século de tensões herdades da Guerra Fria. "Agradecemos (...) o vosso apelo às nações para resistirem às sirenes da guerra e resolverem os diferendos pela via diplomática", afirmou.
Na resposta, o papa deixou um pedido ao homem, que na medida terrena, é o mais poderoso do mundo: que os Estados Unidos estejam na linha da frente de um problema chamado alterações climáticas.
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Aliás, nas questões ecológicas e sobre a imigração, Barack Obama e Francisco estiveram em sintonia. No entanto, nenhum disfarçou os conflitos que existem sobre a liberdade religiosa e questões polémicas como o casamento homossexual e o aborto.
Francisco sublinhou mesmo que o motivo da sua visita aos Estados Unidos é a participação no Encontro Mundial das Famílias, que se realiza em Filadélfia, "cuja finalidade é celebrar e apoiar as instituições do matrimónio e da família, num momento crítico da história da nossa civilização".