O Presidente norte-americano pediu ao Congresso para facilitar a transferência dos detidos que continuam na prisão aberta em 2002. Barack Obama, no discurso sobre o Estado da União, abordou ainda temas como a situação da Ucrânia e da Síria.
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«Com a guerra do Afeganistão a chegar ao fim, este tem de ser o ano em que o Congresso levante as restrições restantes para as transferências de prisioneiros e para que encerremos a prisão da Baía de Guantánamo», disse Barack Obama no seu discurso sobre o Estado da União perante as duas câmaras do Congresso.
Depois de 12 anos de atividade, a prisão de Guantánamo, criada para interrogatório e detenção dos suspeitos de colaborarem com a Al-Qaida após os atentados de 11 de Setembro, ainda acolhe 115 presos, a maioria dos quais tiveram autorização para serem transferidos.
Sobre a guerra do Afeganistão, Obama disse que em conjunto com os seus aliados, os EUA concluem a sua missão até o final do ano. «Depois de 2014, apoiaremos um Afeganistão unido que toma conta do seu próprio futuro», afirmou.
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Entre outros temas abordados no seu discurso sobre o Estado da União, Obama deixou uma palavra de apoio para os manifestantes na Ucrânia, afirmando que o povo ucraniano deve ter uma palavra a dizer na direção futura do seu país.
O presidente norte-americano afirmou ainda que os EUA vão continuar a trabalhar para que a Síria tenha «um futuro livre de ditadura, terror e medo» e para o fim do conflito no Médio Oriente.
Por outro lado, Obama advertiu que iria vetar eventuais sanções contra o Irão que sejam aprovadas pelo Congresso durante as negociações sobre o programa nuclear de Teerão.
O discurso anual sobre o Estado da União é um ritual da democracia norte-americana e representa um dos pontos altos do ano político nos Estados Unidos.
O discurso é proferido diante de políticos, dos juízes do Supremo Tribunal e dos embaixadores destacados em Washington, além de outros dignitários, no Capitólio, edifício onde funciona o Congresso norte-americano.