Pelo menos oito civis morreram hoje num ataque aéreo contra o campo de refugiados palestiniano de Yarmouk, bombardeado pela primeira vez em 21 meses de conflito.
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O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que se apoia numa rede de militantes e de médicos em toda a Síria, sublinhou que o número de vítimas mortais pode aumentar porque muitos feridos estão em estado grave.
«A aviação bombardeou o campo de Yarmouk, provocando vários feridos e segundo as primeiras informações mortos», afirmou o OSDH.
Segundo a France Presse, habitantes afirmaram que um míssil caiu na mesquita Abdel Qader Husseini, onde estão abrigados cerca de 600 refugiados que viviam em bairros vizinhos de Tadamoun, avenida Filastine e Hajar al-Asswad, atingidos pela violência.
O OSDH tinha indicado anteriormente que uma criança e uma mulher tinham sido mortas e que várias pessoas tinham ficado feridas devido à queda de um míssil no campo de Yarmouk.
Segundo o OSDH, o exército lançou seis ataques aéreos sobre o bairro vizinho de Assali, bem como sobre o de Hajar al-Aswad, a sul de Damasco, provocando feridos.
«O exército procura acentuar os esforços para esmagar a rebelião no sul de Damasco e não o pode fazer sem recorrer à aviação», explicou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane, que explica ainda que os palestinianos estão divididos sobre a questão do conflito na Síria, tendo alguns pegado nas armas, uns ao lado dos rebeldes e outros ao lado das forças pró-regime.