"Avanço científico que salva vidas." OMS congratula-se com resultados da dexametasona
O diretor-geral da OMS fala de um sinal positivo na investigação britânica.
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) congratula-se pelo "avanço cientifico" que representa o anúncio de investigadores britânicos sobre um medicamento, a dexametasona, da família dos esteroides, que reduz significativamente a mortalidade entre os pacientes graves de Covid-19, segundo estudo preliminar agora publicado.
"Para pacientes com ventiladores, demonstrou-se que o tratamento reduzia a mortalidade em cerca de 1/3, e para pacientes que exigiam apenas oxigénio, a mortalidade foi reduzida em cerca de 1/5, de acordo com as descobertas preliminares partilhadas com a OMS", diz a organização no Facebook.
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"É o primeiro tratamento comprovado que reduz a mortalidade em pacientes com a Covid-19 sob assistência de oxigénio ou ventilador", diz o diretor geral da OMS, Tedro Adhanom Ghebreyesus, em comunicado.
"É uma boa notícia e felicito o Governo britânico, a universidade de Oxford e os vários hospitais e pacientes no Reino Unido que contribuíram para este avanço científico que salva vidas", refere.
Segundo um relatório preliminar publicado esta terça-feira, o estudo da Universidade de Oxford aponta vantagens claras na adoção do fármaco em doentes graves com Covid.
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"Foram escolhidos um total de 2104 pacientes de forma aleatória para receber dexametasona uma vez por dia durante dez dias", explica o relatório, citado pela BBC. "Estes foram comparados com 4.321 pacientes, escolhidos da mesma forma, que receberam apenas os cuidados habituais. Entre os pacientes que receberam os cuidados normais, durante 28 dias, a taxa de mortalidade foi mais alta do que no grupo que necessitou de ventilação (41%), nos que apenas precisaram de oxigénio (25%) e menor entre aqueles que não necessitaram de intervenção respiratória (13%)", pode ler-se no relatório preliminar.
O ministério da Saúde britânico já anunciou disseminar a utilização da dexametasona. No entanto, estes dados ainda não foram avaliados de forma independente.