O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, criticou o plano do presidente da Síria, Bashar al-Assad, para travar a guerra no país, advertindo que o mesmo não porá termo ao «sofrimento terrível» do povo.
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De acordo com um porta-voz da ONU, o secretário-geral da organização ficou «desiludido» com o discurso recente de Bashar al-Assad sobre o conflito, declarando que o mesmo «não contribui para uma solução que ponha termo ao sofrimento terrível do povo sírio».
Bashar al-Assad proferiu, este domingo, em Damasco, o seu primeiro discurso à nação em meio ano, no qual prometeu dar continuidade à sua «guerra contra o terrorismo» e lançou uma nova proposta política, dividida em três fases, para pôr fim a 21 meses de conflito que, segundo a ONU, já causou mais de 60.000 mortos.
O discurso do Presidente sírio foi criticado, entre outros, pelos Estados Unidos e pela oposição.
No plano apresentado, Assad admite realizar reformas políticas, mas condiciona-o ao fim da «conspiração internacional» que financia os «terroristas».
Um futuro «acordo político» para acabar com a guerra civil que dura há quase dois anos está previamente condicionado ao fim da «conspiração internacional» orquestrada por países ocidentais e árabes que têm financiado os «terroristas», nomeadamente com armas, afirmou o Presidente da Síria.
Bashar al-Assad, que governa desde 2000, adiantou que, cessadas aquelas atividades «terroristas», está pronto para ordenar o fim das operações militares do exército sírio e iniciar um «diálogo nacional» que conduza a uma nova Constituição e a eleições para um novo governo.
Contudo, sublinhou, que enquanto do outro lado estiverem «terroristas» que respondem a «interesses estrangeiros» só resta uma resposta: a militar.