O alto comissariado da ONU para os refugiados alerta para a escalada no número de sírios que fogem para os países vizinhos. Na Jordânia o número duplicou e na Turquia são esperados 200 mil.
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A Turquia tem sido o destino mais procurado, já acolhe quase 75 mil, mas os campos de refugiados estão a ficar esgotados.
As autoridades turcas preparam novos locais de acolhimento com capacidade para, pelo menos, mais 100 mil refugiados, mas avisam que a comunidade internacional deveria ajudar a suportar este encargo.
Enquanto isso, os sírios têm de aguardar na linha de fronteira do norte, na terra de ninguém, onde lhe vale a assistência do crescente vermelho e de outras organizações humanitárias.
Só na última semana, o número de refugiados que procurou este país, que encosta a Sul com a Síria, duplicou, chegaram mais de dez mil. No total o alto comissariado das Nações Unidas registou mais de 60 mil, mas o governo de Hamam acredita que podem ser o dobro.
O desespero é tanto que leva pais a enviar os filhos sozinhos, naquele que acreditam ser o caminho da paz.
O alto comissariado para os refugiados e a UNICEF constatam com preocupação que é crescente o numero de crianças que aparecem sozinhas. Quando lhe é perguntado pelos pais respondem que ficaram para trás para tratar de outros assuntos ou para trabalhar. Outras nem chegam a dizer que estão sós, e no meio de tanta gente torna-se difícil detetá-las. Mas o problema maior é identificar estas crianças - muitas nem passaporte ou outro documento têm.
Nos campos de refugiados além de abrigo e alimentação, podem contar com apoio psicológico. Mas a UNICEF alerta que elas precisam de ser acompanhadas e protegidas noutros locais longe das tempestades de areia, do calor abrasador e do risco de doenças.