Numa altura em que o número de vítimas mortais em Gaza já ultrapassou os 500, o Conselho de Segurança pediu o «retorno ao acordo de cessar-fogo de novembro de 2012» entre Israel e o Hamas.
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O Conselho de Segurança da ONU disse estar «gravemente preocupado com o «crescente número de vítimas mortais» na Faixa de Gaza e apelou a um «cessar imediato das hostilidades» entre Israel e o Hamas.
Numa declaração lida pelo presidente do Conselho, depois de duas horas de reunião à porta fechada, os 15 países-membros pediram o «retorno ao acordo de cessar-fogo de novembro de 2012» entre as duas partes em conflito.
No texto lido pelo embaixador ruandês, Eugene-Richard Gasana, é ainda pedido o «respeito pelas leis humanitárias internacionais, especialmente as referentes à proteção de civis» e a «necessidade de melhorar a situação humanitária» em Gaza.
Entretanto, o embaixador de Israel na ONU desmentiu que um soldado israelita tenha sido capturado pelo braço armado do Hamas e reiterou que Israel «tem o direito de se defender».
«Haverá calma em Gaza quando houver calma em Israel», acrescentou Ron Prosor, numa referência aos rockets atirados pelo Hamas contra Israel.
Um raide israelita esta segunda-feira de madrugada matou mais nove palestinianos, tendo mais 16 pessoas mortas sido encontradas nos escombros de uma casa no sul da Faixa de Gaza.
São assim mais de 500 o número de vítimas mortais desde o início da ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, que começou a 8 de julho.
Esta segunda-feira, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, desloca-se à capital egípcia, Cairo, para tentar garantir um acordo de cessar-fogo entre Israel e Gaza.