O coordenador humanitário da ONU no Sudão do Sul assegurou este sábado que a organização está preparada para ampliar a ajuda humanitária no país africano, depois do acordo de cessar-fogo entre o regime e os rebeldes.
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Toby Lanzer congratulou-se com o pacto alcançado na sexta-feira em Adis Abeba e salientou o compromisso das partes de cooperarem com a ONU e outras agências humanitárias para facilitar a chegada de ajuda aos milhões de pessoas afetadas pelo conflito dos últimos cinco meses.
O responsável da ONU defendeu, num comunicado, que é «vital o acesso completo» à população, incluindo o transporte de ajuda de emergência por estrada e por barco até cidades como Malakal e Bentiu.
Lanzer lamentou ainda «as grandes consequências humanitárias» dos cinco meses de confrontos.
O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, e o líder dos rebeldes, Riek Machar, assinaram na sexta-feira um acordo de cessar-fogo imediato com o objetivo de solucionar o conflito através de negociações.
Este foi o primeiro encontro entre os dois rivais desde o início da crise, em meados de dezembro.
O acordo aponta para um futuro cessar-fogo permanente e a formação de um governo de unidade nacional transitório.
Estipula, também, a abertura de corredores humanitários no país e a verificação, no terreno, do fim das hostilidades.
O conflito começou em dezembro do ano passado, com combates na capital, entre o Exército e militares revoltosos, com Kiir a acusar Machar de tentar um golpe de Estado.
Desde então sucederam-se os confrontos, que causaram milhares de mortos, colocando o jovem país à beira de uma guerra civil.
O Sudão do Sul tornou-se independente do Sudão em julho de 2011.