O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados revelou que o número de refugiados já ultrapassou os 1,6 milhões de pessoas. Um em cada três sírios precisa de ajuda.
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As Nações Unidas estão cada vez mais preocupadas com as consequências do aumento do número de refugiados sírios.
Um aumento que, no entender do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), está a pressionar os países vizinhos e por isso a ONU procura abrigo para os refugiados também na Europa.
Pelas contas do ACNUR, mais de 1,6 milhões de sírios fugiram da guerra que começou em março de 2011.
Em declarações à TSF, o porta-voz do ACNUR revelou que está a contactar vários governos europeus para tentar reinstalar alguns dos refugiados. Adrian Edwards admite que desconhece se Portugal está ou não incluído nestas conversas com governos europeus.
Neste momento é muito cedo para falar de números, mas Adrian Edwards garante que o realojamento envolve sempre um número reduzido de pessoas.
«O realojamento é feito pelos países e não pelo ACNUR. O que fazemos é escolher as pessoas que vão ser acolhidas. O realojamento só se aplica a pessoas que estão em situações muito vulneráveis e não é um procedimento que se faça com grandes números de pessoas. Em todas as situações de emergência o realojamento foi pequeno», esclarece Adrian Edwards.
O porta-voz do ACNUR sublinha ainda que para este realojamento é também necessário que os refugiados estejam recetivos.
«A grande maioria dos refugiados prefere ficar nos países vizinhos porque isso lhes permite regressar depresssa quando o conflito acaba. Se segue o conflito na Síria, sabe que estamos a ver muita gente a regressar da Jordânia quase diariamente», explica.
No final de abril, passou por Portugal um grupo de 33 refugiados sírios. De acordo com o Conselho Português para os Refugiados, contactado pela TSF, nenhum dos refugiados ainda se encontra no país neste momento, todos seguiram para países europeus nos quais têm familiares.