Os opositores ao regime de Bashar al-Assad afirmam que a decisão da União Europeia de levantar o embargo de armas é positiva, mas também tardia e insuficiente.
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A declaração foi feita em Istambul por uma porta-voz da coligação de oposição que se encontra reunida na Turquia.
«Trata-se seguramente de um passo positivo, mas lamentamos que não seja suficiente e aconteça demasiado tarde», declarou à agência noticiosa francesa AFP Louat Safi.
«Esperemos que seja uma decisão efetiva e não apenas palavras», disse um porta-voz do comando militar superior do Exército Sírio Livre (ESL), principal formação da coligação, Kassem Saadeddine.
«Porquê esperar até agosto? Porquê esperar ainda dois meses? Para que o povo sírio seja vítima de genocídio?», questionou Saadeddine. «Precisamos de baterias antiaéreas, de mísseis anti-blindados», sublinhou.
Os ministros dos negócios estrangeiros dos 27 decidiram ontem levantar o embargo após uma maratona negocial de 12 horas.
No entanto, a venda de armas só pode ser retomada após 1 de agosto para não perturbar a preparação de uma conferência internacional sobre a Síria, a realizar em junho na cidade de Genebra. Uma iniciativa conjunta da Rússia e dos Estados Unidos.
Apesar desse cuidado, o vice-ministro russo dos negócios estrangeiros afirmou esta manhã que a iniciativa europeia prejudica de forma direta essa conferência. Sergei Riabkov acusa a União Europeia de ter agido com dois pesos e duas medidas.