A decisão foi anunciada ontem pelo chefe da diplomacia britânica, William Hague, após 12 horas de negociações dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia.
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Com esta decisão os ministros querem enviar uma mensagem política ao regime de Bashar al-Assad para facilitar as negociações numa conferência de paz.
Ao anunciar o acordo, William Hague disse que a União Europeia vai manter um pacote mais extenso de sanções contra o regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, e cujo prazo de validade expira à meia-noite de sexta-feira.
Destacou ainda que o Reino Unido não tinha planos imediatos para fornecer armas aos rebeldes que estão a combater o regime de Damasco.
«A União Europeia concordou em acabar com o embargo de armas à oposição síria e manter outras sanções na Síria, [designadamente] todas as outras sanções em vigor para o regime sírio», disse Hague.
«Este foi o resultado que o Reino Unido quis», disse, acrescentando que a decisão foi «difícil» para os estados membros que se opunham ao fornecimento de armas, por acreditarem que apenas serve para alimentar o conflito.
«Penso que esta é a decisão correta», acrescentou, argumentando que «vai apoiar o progresso político na Síria e as tentativas de realizar em conjunto uma conferência em Genebra».
Hague disse ainda que o Reino Unido vê apenas uma solução política e diplomaticamente suportada para a Síria, mas que a decisão de segunda-feira «envia ao regime de Al-Assad uma mensagem muito forte da União Europeia sobre a continuada brutalidade e dos assassínios e da criminalidade deste regime».
Sobre as consequências da decisão no que respeita ao Reino Unido, Hague afirmou: «Se bem que não tenhamos planos imediatos para enviar armas para a Síria, [a decisão] dá-nos flexibilidade para responder no futuro se a situação continuar a deteriorar-se e piorar».