O porta-voz do gabinete da ajuda humanitária das Nações Unidas, Jens Laerke, em entrevista à TSF, diz que são muitas as dificuldades para ajudar os sobreviventes.
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Neste momento, para o gabinete de coordenação da ajuda humanitária das Nações Unidas a prioridade é salvar vidas.
Os técnicos chegaram às Filipinas um dia depois da passagem do tufão e já avaliaram a situação. Jens Laerke, porta-voz do gabinete em Genebra, disse à TSF que as necessidades estão definidas: «São precisas ajudas de todo o tipo, mas principalmente precisamos de abrigos porque as casas foram destruídas, comida e ajuda médica. Essas são as principais necessidades em que estamos a insistir e acabámos de lançar um pedido de ajuda».
O gabinete de coordenação chegou rapidamente ao local mas tem enfrentado muitas difuldades. Neste momento, as diversas agências das Nações Unidas e várias organizações não governamentais estão no terreno para distribuir ajuda mas a tarefa é gigantesca.
«Chegámos muito depressa. A destruição nas muitas ilhas das Filipinas é enorme e temos muita dificuldade em deslocar-nos porque as estradas estão instransitáveis, há pontes que cairam e aeroportos que estão encerrados. 11 milhões e 300 mil pessoas foram afetadas. 650 mil ficaram sem casa, ou não têm lugar onde viver, ou estão em centros de evacuação ou a viver com familiares e amigos», descreveu à TSF.
Perante o grau de destruição e o número de pessoas atingidas, Jens Laerke admite que esta é uma operação para durar pelo menos seis meses, pois «há pessoas que perderam tudo e vão precisar de ajuda para se conseguirem reerguer».
As Nações Unidas precisam de perto de 225 milhões de euros para os próximos seis meses. Austrália, Grã-Bretanha e Japão já disponibilizaram, cada um, mais de sete milhões de euros.