A oposição síria pediu hoje o envio de armamento para os rebeldes que combatem em Alepo e a convocação de uma reunião da ONU para «impedir os massacres», enquanto prosseguia pelo segundo dia a ofensiva do exército naquela cidade.
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Os bombardeamentos por helicópteros e artilharia pesada estão a provocar desde sábado o êxodo de milhares de habitantes de Alepo, a segunda cidade do país, que procuravam refúgio nas zonas da cidade poupadas aos combates ou em povoações vizinhas controladas pela rebelião.
O mediador internacional para a Síria, Kofi Annan, manifestou a sua inquietação face à «concentração de tropas e armas pesadas em redor de Alepo», uma cidade com 2,5 milhões de habitantes e eleita pela UNESCO património mundial, e voltou a apelar à solução política do conflito que se prolonga há 16 meses.
O líder dos rebeldes na cidade, coronel Abdel Jabbar al-Oqaidi, garantiu que a Alepo vai tornar-se no «cemitério» do exército sírio, reivindicou a destruição de pelo menos oito tanques e veículos blindados e garantiu que os rebeldes «já mataram mais de 100 soldados» em dois dias de intensos combates.
A agência oficial síria ANA anunciou por sua vez que guardas fronteiriços sírios abateram um «numeroso número de terroristas» que tentavam atravessar a fronteira a partir da Turquia.
«Os guardas fronteiriços conseguiram matar um numeroso grupo de terroristas na região de Ain Bayda, e os restantes voltaram a refugiar-se na Turquia», relatou a ANA ao citar um responsável militar.
Em paralelo, as autoridades sírias entregaram hoje à Segurança nacional libanesa dois cidadãos italianos sequestrados por um grupo armado na Síria e que foram libertados no sábado pelo exército.
A agência nacional de notícias libanesa (ANN) precisou que os italianos Domenico Tedeschi e Oriano Cantari foram recebidos na parte libanesa da fronteira por uma delegação da embaixada do seu país, antes de se dirigirem para o aeroporto de Beirute, onde um avião militar os repatriou para Itália.