Palestina e Israel trocaram acusações no debate de emergência no Conselho de Direitos Humanos da ONU a propósito do que está a acontecer na Faixa de Gaza depois da intervenção israelita que já custou a vida a quase 700 palestinianos.
Corpo do artigo
O ministro palestiniano dos Negócios Estrangeiros acusou Israel de cometer «crimes contra a humanidade» e de «violar as convenções de Genebra» na intervenção que está a fazer na Faixa de Gaza e que já custou a morte a quase 600 palestinianos.
«Israel está a preparar crimes odiosos. Israel destruiu completamente bairros residenciais», afirmou Raid Malki no debate de emergência no Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Numa intervenção aplaudida por muitos embaixadores presentes neste conselho, Malki acusou a «força de ocupação» israelita de «ter como alvo há 16 dias crianças, mulheres, idosos e de os privar do direito à vida por causa destes ataques».
«Há uma incursão terrestre e isso vai resultar em crimes contra civis palestinianos e assassínios deliberados de civis», acrescentou o ministro palestino, que diz que as forças israelitas já destruíram 2500 casas e têm como alvo centros médicos.
Por seu lado, o representante israelita neste conselho acusou o Hamas de «crimes de guerra ao lançar rockets e mísseis» contra civis e de «construir túneis para ataques aldeias».
Eviatar Manor entende que o «Hamas tem toda a responsabilidade em relação às vítimas em Gaza» e pediu ao presidente palestiniano para «dissolver o seu governo para mostrar a sua vontade de paz».