Palestinianos em Portugal realçam importância de reconhecimento da independência do seu país
Um destes palestinianos realçou a questão do seu país não constar de alguns sistemas informáticos, por exemplo, do da Saúde em Portugal.
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Dois palestinianos a viver em Portugal explicaram como lhes seria útil a criação de um Estado independente da Palestina, algo que o presidente da Autoridade Palestiniana pretende pedir esta sexta-feira quando discursar na Assembleia-geral da ONU.
Ouvido pela TSF, Akid Yaghi, de 28 anos, chegou a Portugal há 10 anos com uma bolsa de estudo e quando se quis inscrever no sistema de saúde português chegou à conclusão que a Palestina não constava como opção de país no sistema informático.
«Deram-me a escolher outro país. Disse que era palestino e gostaria que estivesse no meu cartão estar Palestina», lembrou Aki Tiagi que no passaporte português que entretanto adquiriu tem inscrito que nasceu no território ocupado da Palestina.
Este palestiniano recordou ainda que «em cada sistema, um diz território da Palestina, outro diz Autoridade Palestiniana, outro Palestina e outro nem sabe o que é» e considera que a «definição é fundamental».
Fadim Maki é outro dos cerca de 30 palestinianos que vive em Portugal e que também assinala as dificuldades de ter nascido na Palestina, um «país que ainda não é independente».
«No passaporte diz Autoridade Palestiniana. Não é o país, não é a Palestina. O passaporte português diz Portugal», recordou este dentista, que espera que a Palestina seja um dia um «Estado independente que seja não uma prisão grande».
Este palestiniano deseja ainda, por exemplo, que «quando quiser visitar a família não quer estar limitado por uma fronteira estar aberta ou fechada» e lembra que a alimentação e medicamentos só podem existir se houver liberdade.
«Por exemplo, não consigo ir à Cisjordânia, que é a outra parte da Palestina, não consigo entrar lá», adiantou Fadim Maki, que tal como Akid Yaghi, considera fundamental o reconhecimento da ONU da independência do seu país.