A pressa da Igreja alemã mexe com a adoção de novas formas de governo no Vaticano.
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"Tanta pressa, não" - diz Francisco aos bispos alemães, porque a Santa Sé não pode com tanta velocidade. E tudo se refere ao Caminho Sinodal, que o papa Francisco sugeriu à Igreja Católica, em 2021, para concluir, no Vaticano, em 2023.
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A pressa da Igreja alemã mexe com a adoção de novas formas de governo e novas disposições da doutrina e da moral católicas, tais como o diaconado feminino, o fim do celibato obrigatório para os padres diocesanos, o envolvimento dos fiéis na nomeação dos bispos e a "descriminalização da homossexualidade".
Como quem puxa as orelhas, Francisco disse ao presidente dos bispos alemães que "não são necessárias duas Igrejas Evangélicas. Basta uma e essa é muito boa". Francisco não quer que se rompa a unidade da Igreja Católica, como aconteceu com a Reforma de Lutero, há cinco séculos.
A Alemanha católica, ufana dos seus pergaminhos de vanguarda, com o maior número de teólogos e teólogas católicos, na Europa, e com uma eclesiologia vigorosa, não terá recebido com o melhor agrado esta chamada de atenção de Roma, que mais não fará do que irritar católicos em meio protestante.