Em colaboração com as Nações Unidas, o Paquistão homenageia hoje Malala Yusafzai, a defensora do ensino para as mulheres, que sobreviveu, há um mês, a um atentado realizado pelo Movimento de Talibãs do Paquistão.
Corpo do artigo
Os estudantes da escola da jovem militante paquistanesa, Malala Yusafzai, hospitalizada em Inglaterra, realizaram hoje uma cerimónia privada em sua honra, apesar das ameaças dos rebeldes.
Malala, de 15 anos, vítima de um atentado dos talibãs, foi transferida do Paquistão a 15 de outubro para a unidade de cuidados intensivos do hospital Queen Elizabeth em Birmingham, especializado no tratamento de soldados feridos no Afeganistão.
A jovem ativista antitalibã, que foi atingida na cabeça e num ombro durante o atentado, ficou conhecida em 2009 através de um blogue publicado pelo site da BBC, denunciando as ações dos talibãs na região de Swat.
«Nós fizemos uma oração especial e acendemos velas por Malala. Todos os estudantes da escola estavam presentes mas não se tratou de um evento aberto ao público, pois a nossa escola e os nossos alunos ainda sofrem ameaças», disse à agência France Press Mariam Khalid, a diretora da escola Khushhal, que era frequentada por Malala.
No Paquistão, 5,1 milhões de crianças não vão à escola, das quais 63 por cento são raparigas, segundo a ONU.