A maioria dos grupos do Parlamento Europeu vai pressionar, esta terça-feira, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, para que não reforme o acordo Schengen, como proposto por Bruxelas na passada semana, a pedido da França e Itália.
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José Manuel Durão Barroso estará presente na Assembleia para discutir as novas ideias de Bruxelas sobre um mecanismo que permita aos estados-membros reintroduzirem temporariamente controlos nas fronteiras internas do espaço Schengen.
Paris e Roma querem que o princípio de livre circulação nos países que integram o espaço Schengen seja restrito de maneira a que, antes da chegada maciça de imigrantes, cada estado possa restabelecer as fronteiras internas.
Tanto o grupo socialista europeu como o liberal, o da esquerda unitária e também o Partido Popular Europeu mostraram-se reticentes na reforma do acordo Schengen, prevendo-se que Durão Barroso receba uma mensagem de crítica quase unânime do Parlamento Europeu.
Os ministros do Interior da UE vão discutir a mesma proposta, juntamente com a respectiva comissária Cecilia Malmstrom, a 12 de Maio em Bruxelas, no primeiro debate sobre o tema antes da decisão final dos chefes de estado e de governo no Conselho Europeu, em Junho.
O espaço Schengen integra 25 países, permitindo a cerca de 400 milhões de pessoas circular livremente da Finlândia à Grécia, de Portugal à Polónia, sem terem de mostrar o passaporte.
Apenas o Reino Unido e a Irlanda (países insulares) decidiram manter-se fora do espaço Schengen, que inclui em contrapartida três países não membros da UE: Suíça, Noruega e Islândia.