Apesar de esta ser uma das pretensões da oposição, os adversários do presidente Yanukovich contestam o facto de a amnistia ter como condição o abandono dos edifícios ocupados.
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O parlamento ucraniano aprovou, esta quarta-feira, a lei que amnistia os manifestantes detidos nos confrontos com a polícia nos últimos dias, decisão que mereceu a abstenção da oposição.
Os opositores ao presidente Viktor Yanukovich estão contra o facto de o parlamento ter colocado como condição o abandono de todos os edifícios oficiais ocupados pelos manifestantes.
Sob os protestos da oposição e após várias horas de negociação, o texto foi aprovado por 232 dos 416 deputados da Rada Suprema, com 173 parlamentares a optarem por não votarem esta amnistia.
«Não acreditem que a oposição parlamentar vai trair a Maidan [Praça da Independência, onde se centram os protestos contra Yanukovich]. A nossa luta vai continuar», frisou Oleg Tiagnybok, um dos líderes da oposição.
Esta lei era uma das principais exigências da oposição ucraniana que, mesmo assim, diz que se vai continuar a manifestar contra o presidente ucraniano.
Segundo a agência AFP, Yanukovich ter-se-á deslocado ao Parlamento para convencer aos deputados do seu Partido das Regiões para apoiarem esta lei, tendo alegadamente ameaçado com legislativas antecipadas em caso de reprovação da amnistia.