O parlamento ucraniano aboliu esta manhã a lei anti-manifestações que estava em vigor desde dia 16. A lei foi considerada como "ignição" dos protestos nas ruas na última semana.
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Na votação desta manhã, no parlamento de Kiev, 361 deputados votaram a favor da revogação da lei e apenas dois votaram contra.
Para lá da revolta, nas ruas e nas palavras dos grupos de oposição, a lei anti-manifestações foi fortemente criticada pelos países ocidentais, especialmente pela Comissão Europeia, que tem falado, nos últimos dias, de possíveis medidas contra a Ucrânia.
A revogação da lei foi votada cerca de uma hora depois de ser conhecida a carta de demissão do primeiro-ministro Mykola Azarov.
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Uma decisão que não mereceu, até agora, grandes aplausos da oposição. Vitaly Klichko, o líder do partido UDAR, convidado na semana passada para ser vice-primeiro-ministro nas negociações com o presidente ucraniano, diz que este pedido de demissão não é mais que uma tentativa de Azarov para salvar a face.
Arseny Yatsenyuk, o líder parlamentar do partido de Yulia Timoshenko, fez saber de imediato que não está disponível para ser primeiro-ministro. Na proposta que foi negociada na semana passada era esse o lugar que era proposto.
O partido das regiões, no poder, não dá como certa a demissão. Uma deputada do partido do primeiro-ministro demissionário e do presidente Ianukovich recorda que enquanto o presidente não aceitar a demissão, nada mudou.