Participação é o desafio da segunda volta das eleições distritais e provinciais francesas
48 milhões de franceses são chamados às urnas este domingo para a segunda volta das eleições distritais e provinciais. Na semana passada, na primeira volta, os eleitores sancionaram o partido no poder, de Emmanuel Macron, e ressuscitaram os partidos tradicionais socialistas e republicanos.
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Um dos principais desafios deste escrutínio é a participação dos eleitores depois de uma primeira volta, na semana passada, marcada por uma taxa de abstenção histórica que se elevou a 66,7 por cento, dois em cada três franceses não votou - facto que nunca aconteceu desde a implementação da quinta República francesa, em 1958.
Em Paris vários eleitores saem das mesas de voto e explicam as motivações para vir votar este domingo. É o caso desta eleitora que diz sentir vergonha perante a elevada taxa de abstenção: "Vou fazer 79 anos e desde que pude votar, sempre exerci o meu direito. É um dever que temos, vivemos num Estado republicano e se há eleições é uma obrigação ir votar. Não admito ouvir pessoas a contestar no autocarro, por exemplo, e quando lhes pergunto se votaram e me respondem que não -então digo-lhes parem de contestar. Tenho vergonha quando vejo esta elevada taxa de abstenção", descreveu a eleitora.
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Este Mathieu explica-nos como reagiu à elevada abstenção da primeira volta destas eleições. "Fiquei surpreendido, mas acho que é um reflexo do atual contexto político. As pessoas não se sentem representadas por personalidades políticas. Vou votar porque é habitual para mim, mas não há grandes políticos ou pessoas que defendem combates políticos", admite.
Nesta segunda volta, em PACA no sul, na província Alpes Costa Azul vai ser particularmente concorrida com um duelo apertado entre Thierry Mariani, que deixou os Republicanos para concorrer na lista da extrema-direita União Nacional e Renaud Muselier d'Os Republicanos.
As mesas de voto estão abertas até 18h00, 19h00 e 20h00, consoante os distritos. Esta segunda volta das eleições distritais e provinciais ficam marcadas por serem a última consulta eleitoral antes das presidenciais, marcadas para 10 e 24 de abril de 2022.
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