Autoridades locais atribuem o tiroteio a gangues com ligações a cartéis de droga internacionais.
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Um tiroteio entre gangues rivais, que se prolongou ao longo de oito horas este sábado, na maior prisão do Equador, situada em Guayaquil, provocou a morte de pelo menos 68 detidos.
As autoridades locais, citadas pela agência Associated Press (AP), atribuem o tiroteio a gangues com ligações a cartéis de droga internacionais. A AP relata que há vídeos a circular nas redes sociais que mostram corpos, alguns queimados, caídos no chão da prisão.
Segundo o governador da província de Guayas, onde se situa Guayaquil, Pablo Arosemena, os presos "tentaram dinamitar uma parede para entrarem no pavilhão 2 e executarem um massacre". "Também queimaram colchões, para tentarem afogar (os rivais) em fumo", afirmou.
De acordo com a comandante de polícia Tanya Varela, as autoridades, com recurso a drones, perceberam que havia detidos, armados com armas e explosivos em três pavilhões, que estavam a tentar entrar no pavilhão 2, que ficou sem líder depois de este ter sido libertado no início desta semana.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, na conta oficial do Twitter, do tiroteio resultaram 68 mortos e 25 feridos. Em finais de setembro, 119 reclusos morreram numa prisão no sudoeste do Equador, alguns dos quais foram desmembrados ou queimados, em violentos confrontos entre grupos rivais ligados a traficantes de droga e a cartéis mexicanos e colombianos, num das piores massacres em prisões da história da América Latina.
De acordo com números oficiais, pelo menos 238 presos morreram, desde o início de 2021 nas prisões do Equador, sobrelotadas e palco de violência há anos.