O presidente grego, Carolos Papoulias prosseguiu esta tarde os seus esforços para formar um Governo, ao receber, após os três maiores partidos, as pequenas formações, para lhes pedir que integrem uma eventual coligação.
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Para tentar evitar novas eleições apenas uma semana depois das legislativas de 6 de maio, Papoulias recebeu hoje Panos Kammenos, o líder do Partido dos Gregos Independentes (direita nacionalista), uma formação hostil às condições dos acordos de resgate da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) impostos à Grécia.
No final da reunião, Kammenos declarou à imprensa que lhe tinha sido mostrada uma carta do primeiro-ministro do anterior Governo, Lucas Papademos, sobre o estado da economia grega, cujo conteúdo o chefe de Estado lhe disse que não deveria ser revelado.
Para participar numa eventual coligação, o líder dos Gregos Independentes colocou condições, mas é pouco provável que estas sejam aceites pelos conservadores da Nova Democracia e pelos socialistas do PASOK, dois partidos que o Presidente recebeu também durante o dia de hoje.
O dirigente dos comunistas do KKE, Aleka Papariga, recebido em seguida, declarou, à saída, que estas consultas não passavam de «uma encenação para enganar o povo grego».
Dirigentes de duas outras pequenas formações políticas, a Esquerda Democrática (Dimar), pró-europeia, e os neonazis do Chryssi Avghi deverão também reunir-se com Papoulias.
O chefe de Estado grego recebeu ao fim da manhã, durante 90 minutos, os dirigentes da direita, do partido da esquerda radical anti-austeridade Syriza e os socialistas, para tentar convencê-los a formar um Governo de coligação.