O antigo presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, foi hoje formalmente acusado da morte da sua rival Benazir Bhutto, assassinada em 2007, indicou o procurador após uma audiência.
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Pervez Musharraf «foi acusado da morte, de conspiração criminosa para cometer assassínio e de ter facilitado o homicídio» de Benazir Bhutto, declarou à agência France Presse o procurador Chaudhry Azhar, após uma audiência em Rawalpindi, cidade vizinha da capital Islamabad.
Esta terça-feira, o antigo presidente do Paquistão apresentou-se num Tribunal perto de Islamabad, protegido por polícias e agentes das forças especiais, ouviu a leitura da acusação e negou a autoria destes crimes.
A audiência durou cerca de 20 minutos. O advogado de defesa de Pervez Musharraf considera que as acusações não têm qualquer fundamento. No final da audiência afirmou que não tem medo deste processo, mas vai respeitar a lei. Musharraf regressa a tribunal no dia 27.
A antiga primeira ministra, Benazir Bhutto foi assassinada após um comício eleitoral em Rawalpindi, em 27 de dezembro de 2007, quando fazia campanha para as eleições legislativas.
Musharraf é acusado de ter negado à sua principal opositora proteção e de ter ignorado as ameaças que existiam conta Benazir Bhutto que se tornou um alvo de radicais islâmicos ao voltar a participar na vida política após oito anos de exílio.
Pervez Musharraf renunciou à Presidência do Paquistão em 2008 e deixou o país. Voltou em março deste ano para participar nas legislativas mas a sua candidatura foi rejeitada. Atualmente está em prisão domiciliária.