Uma semana depois do atentados, realizaram esta sexta-feira os primeiros funerais das vítimas. Na cerimónia, que decorreu na principal mesquita de Oslo, participou o primeiro-ministro.
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Num discurso na maior mesquita de Oslo repleta de fiéis muçulmanos, o primeiro-ministro usou muito tempo para cumprimentar e falar directamente com as pessoas.
Depois de um minuto de silêncio em memória das vítimas dos atentados, Jens Stoltenberg, rodeado dos mais altos representantes religiosos muçulmanos da Noruega, dirigiu-se aos presentes, afirmando que a Noruega é um país com uma sociedade que não exclui ninguém, independentemente da religião e cultura.
Stoltenberg sublinhou o facto que a sua ida à mesquita coincidiu com os dois primeiros funerais de vítimas, dois adolescentes muçulmanos mortos na Ilha de Utoya.
«Estes jovens eram muçulmanos, mas também noruegueses, eu sou norueguês, nós somos todos noruegueses», afirmou.
O primeiro-ministro convidou depois de todos os muçulmanos da Noruega a trabalharem de mãos dadas com o resto da população, para que juntos se continue a edificar uma Noruega sem distinções entre religiões e culturas.
Os atentados foram um «ataque contra a democracia norueguesa, o terror da passada sexta-feira tem que ser combatido com mais democracia e mais humanismo», disse o primeiro ministro norueguês.
Vários clérigos muçulmanos e inúmeros fieis choraram abertamente durante o discurso do primeiro ministro norueguês, naquela que foi uma cerimónia muito emotiva, mas também com uma mensagem imbuída em simbolismo.