O ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, responsável no governo português pela coordenação de todo o processo de acolhimento dos refugiados, numa entrevista à TSF, explicou que o número não é problemático. Portugal tem condições para acolher 4.500 refugiados.
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Os ministros europeus da Justiça e do Interior aprovaram, esta terça-feira, por uma ampla maioria a repartição de 120.000 refugiados. O Ministério da Administração Interna anunciou depois que " Portugal, que votou favoravelmente a proposta de Decisão, acolherá, ao longo dos próximos dois anos, até 4.500 beneficiários de proteção internacional". Miguel Poiares Maduro, em entrevista à TSF, reforça que esta número não representa um problema.
O ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, responsável no governo português pela coordenação de todo o processo de acolhimento dos refugiados, afirma que "Portugal já disse que aceitava a última proposta da Comissão (3 mil refugiados para além dos 1.500 previstos no quadro do plano de recolocação de 40 mil pessoas com necessidade de proteção internacional)". Poiares Maduro relativiza o número e lembra que o país tem recebido cerca de 35 mil imigrantes por ano.
O ministro Poiares Maduro explica, ainda, que o Conselho Europeu desta quarta-feira, deve ir além de uma mera redistribuição de refugiados no espaço europeu. Considera que "é muito importante que não se preocupe apenas com os problemas de curto prazo. Deve preocupar-se também com questões mais abrangentes mesmo sabendo que os problemas atuais não são fáceis de resolver".
Sobre a reunião de hoje, que vai juntar os chefes de Estado e de Governo da União Europeia, em Bruxelas, numa cimeira extraordinária, Poiares Maduro comenta o caso do chamado bloco de leste, e especialmente da Hungria. O ministro adjunto prefere ser cauteloso, mas não recusa "a necessidade de uma vigilância particular às atitudes do governo de Viktor Orbán". Lembra o governante que a Comissão Europeia tem poderes para fiscalizar eventuais violações do direito europeu e "não deixará de o fazer, se for o caso".