As autoridades locais revelam que já foi aberta uma investigação à "desordem pública".
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A polícia irlandesa deteve 34 pessoas na sequência dos tumultos da última noite em Dublin. Os protestos aconteceram depois do ataque a uma escola, que deixou quatro feridos: uma professora e três crianças, uma das quais em estado grave.
Grupos anti-imigração concentraram-se a norte da capital e entraram em confronto com a polícia. Os distúrbios estenderam-se, depois, a outras zonas da cidade.
Várias ruas foram encerradas e os transportes públicos foram suspensos. Os manifestantes, distribuídos por diferentes ruas, também saquearam vários estabelecimentos comerciais e forçaram a entrada em um grande centro comercial.
Nas redes sociais circulam imagens dos ataques de grupos de jovens contra agentes da polícia, que se encontravam isolados na confusão dos distúrbios, já qualificados pelos dirigentes políticos como os piores alguma vez ocorridos no país.
As autoridades policiais consideraram que os confrontos foram promovidos por uma "fação de 'hooligans' malucos impulsionados pela ideologia de extrema-direita".
Numa conferência de imprensa, o comandante Drew Harris revelou que já foi aberta uma investigação.
"Estão são cenas que não víamos há décadas. Torna-se claro que as pessoas estão a ser radicalizadas através das redes sociais e da internet. Vamos fazer uma investigação exaustiva a esta desordem pública, temos centenas de imagens de videovigilância para analisarmos. Muitos destes indivíduos são conhecidos da policia, têm registo criminal e já estiveram presos. Agora vamos começar um longo processo para os poder levar à Justiça", afirmou.
Além da criança de cinco anos em estado grave, também a mulher, com cerca de 30 anos, trabalhadora de um centro escolar, está a ser tratada a "lesões graves", enquanto os outros dois menores estão fora de perigo.
O alegado agressor, cuja identidade não foi divulgada, também está hospitalizado com feridas de arma branca e a ser interrogado para esclarecer os motivos do ataque.
Alguns meios indicam que o suspeito, que não nasceu na Irlanda, vive no país há mais de 20 anos e que tem passaporte irlandês.