O Presidente de França já regista números inferiores a François Hollande na mesma altura do mandato. Apesar disso, não se sente vulnerável.
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A mais recente sondagem publicada pelo instituto de estudos de opinião e Marketing, Ifop-Fiducial, aponta uma baixa de popularidade de Emmanuel Macron tanto à direita como à esquerda.
"As promessas que Macron tinha feito eram de aumentar o poder de compra graças a uma política de oferta às empresas e estimular a diminuição das despesas das empresas para criar riqueza, empregos, criar poder de compra e não é o que acontece", aponta Pascal de Lima, professor na universidade Sciences Po, em Paris.
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O chefe de estado francês reúne 31% de franceses satisfeitos, menos que o antigo Presidente François Hollande que somava 32% no mesmo momento do mandato. Emmanuel Macron é acusado de não cumprir com as promessas. "O governo compensa com medidas administrativas e não há realmente revolução fiscal, como foi feito em Portugal com bastante sucesso", compara o economista Pascal de Lima.
Emmanuel Macron tem novamente um governo completo, mas cheio de incertezas quanto à reforma fiscal que pretende impor a retenção na fonte do imposto sobre o rendimento e que deverá entrar em vigor a partir de 2019.
Esta quarta-feira, o Presidente francês deu as boas-vindas a François Rugy, o novo ministro da Transição Ecológica e Solidária, e Roxana Marcineanu, a nova ministra do Desporto, no conselho de ministros, depois de terem tomado posse na sequência de uma remodelação governamental precipitada pela saída de Nicolas Hulot - o membro do executivo que na semana passada anunciou a sua demissão em direto, sem consultar previamente o Presidente francês.
"Muitas coisas esperam por nós. É um enorme desafio e o semestre que arranca agora não vai ser nem mais calmo nem mais inativo do que o semestre passado. Vamos enfrentar transformações concretas e dificuldades que acompanham essas transformações. Nada do que temos feito nos últimos 15 meses tem um efeito imediato", lembrou Emmanuel Macron.