José Cesário, secretário de Estado das Comunidades, recordou, contudo, que «qualquer cooperação em matéria de segurança tem de ser solicitada por Moçambique».
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O Governo português admite reforçar a cooperação com Moçambique em matéria de segurança numa altura em que há três portugueses raptados neste país africano.
Em declarações à TSF, o secretário de Estado da Cooperação recordou que qualquer gesto do Governo português terá sempre de partir de um pedido vindo de Maputo.
José Cesário explicou que «não podemos enviar uma força de segurança para Moçambique» sem um pedido de Maputo, dado que Moçambique é um «país soberano».
«Qualquer cooperação em matéria de segurança tem de ser solicitada por Moçambique. Quero recordar que, no verão passado, aquando do rapto de um português, tivemos em Moçambique polícias nossos que colaboraram com as autoridades moçambicanas», lembrou.
Frisando que ainda foi feito nenhum pedido por parte de Moçambique neste sentido, José Cesário adiantou que a hipótese de enviar forças de segurança «tem de ser visto com muita calma, muita atenção».
Entretanto, depois de ter falado com o ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros, o vice-primeiro-ministro português lembrou a competência portuguesa em matéria de investigação criminal.
«Portugal tem bastante competência do ponto de vista das nossas capacidades de investigação criminal e tem uma vasta comunidade em Moçambique e obviamente está preocupado com a segurança em Moçambique», explicou Paulo Portas.
Recordando a conversa que teve em Macau, Portas lembrou ainda que o «ministro moçambicano queria abordar o tema com bastante transparência com os seus colegas lusófonos e eu aproveitei para o ouvir e expor a nossa preocupação».