Segundo a agência russa Interfax, Assad terá dito que não tem intenções de abandonar o poder na Síria, uma declaração agora classificada de falsa pela presidência síria.
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A presidência russa negou este domingo que Bashar al-Assad tenha dito que não tem tem intenções de abandonar o poder.
A declaração inicial, recorde-se, foi atribuida ao presidente sírio pela agência de notícias russa Interfax, com a indicação de que as declarações teriam sido proferidas durante um encontro do governante com parlamentares russos.
De acordo com a agência, Assad terá adiantado que, caso quisesse ter desistido do poder, te-lo-ia feito desde o início e que só o povo sírio pode decidir quem deve participar nas eleições. Tudo declarações agora desmentidas, em comunicado, pelo gabinete de imprensa da presidência síria.
Este caso surge poucos dias antes da realização de negociações de paz que vão ter lugar na Suíça. O encontro, que começa a 22 de janeiro, é encarado como o maior esforço feito pela comunidade internacional para conseguir por fim ao conflito de três anos que tem assolado a Síria.
As Nações Unidas esperam que estas conversações consigam abrir caminho a uma transição de poder no país. Uma ideia reforçada pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry que, na passada semana, adiantou que o futuro na Síria não passa por Assad.
Em resposta, a Síria indicou, numa carta enviada ao secretário-geral das Nações Unidas, que o seu interesse nesta conferência está centrado no combate ao terrorismo.
No sábado, o presidente da Coligação Nacional Síria, Ahmad Jarba, afirmou em Istambul que a oposição irá à conferência de Paz com o único objetivo de «se livrar» do presidente Bashar al-Assad.