Para Jeroen Dijsselbloem, cabe ao atual governo do Luxemburgo dar explicações sobre o esquema de fraude fiscal que envolve mais de 300 multinacionais
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À chegada ao local onde vai decorrer a reunião dos ministros do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem sublinhou que Jean Claude Juncker, antigo primeiro-ministro do Luxemburgo, é agora presidente da Comissão Europeia.
O presidente do eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem considera que quem tem agora funções executivas que deve responder pelo caso. «O governo actual, seja quem for, é responsável pelas acções políticas, incluindo as acções tomadas no passado», referiu.
Dijsselbloem entende que Juncker deve unicamente lavar as mãos do assunto, «o presidente Juncker é agora presidente da Comissão e deve unicamente ser avaliado como presidente da Comissão».
Questionado sobre que é assim que deve ser quando se fez alguma coisa de errado, Dijsselbloem diz que precisa de mais esclarecimentos, mas não de Juncker, «não estou certo que ele tenha feito algo errado no passado. Por isso, compete ao actual governo do Luxemburgo, explicar as políticas fiscais deles».
Já o ministro luxemburguês das finanças diz que o país age de acordo com as regras. «As regras luxemburguesas estão conforme a lei nos tratados internacionais. São regras que muitos países defendem. Portanto, se queremos fazer evoluir a situação - se queremos que as empresas paguem impostos de maneira correcta e satisfatória -, tem de haver uma acção internacional», garantiu.
Pierre Gramegna diz compreender que os impostos pagos a nível nacional pelas empresas, que recorrem ao Luxemburgo, podem não ser satisfatórios. Mas, o ministro garante que logo que haja medidas a nível internacional, elas serão transpostas para o direito luxemburguês.