Guilherme d'Oliveira Martins confirma à TSF que teve uma conversa com o primeiro-ministro de Timor. Xanana diz que não falou com Passos Coelho, porque estava «atrapalhado com outras atividades».
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Em resposta à TSF, Guilherme d'Oliveira Martins confirma que falou com o chefe de Governo de Timor: «Confirmo que dada a relação pessoal, muito antiga, que tenho com o primeiro-ministro Xanana Gusmão, houve uma conversa pessoal e reservada. Nessa conversa também foi referida a cooperação extremamente frutuosa que se tem desenvolvido com o Tribunal de Contas».
A resposta do presidente do Tribunal de Contas surge na sequência das declarações de Xanana Gusmão à Rádio Televisão de Timor Leste.
Xanana diz que falou sobre «novos modelos de cooperação» com três entidades: o presidente do tribunal de Contas, o ex-presidente do Supremo Tribunal de Justiça e a ministra da Justiça. Só não falou com o primeiro-ministro.
Xanana Gusmão diz que Passos Coelho lhe disse que estava surpreendido e que lhe perguntou porque é que nunca houve partilha de informação. O primeiro-ministro timorense confessa que lhe respondeu que tinha estado «atrapalhado com outras atividades».
Nesta entrevista à Rádio Televisão de Timor Leste, Xanana Gusmão sublinha que não tem nada contra os internacionais e que está a defender apenas os «interesses do povo». O chefe de Governo timorense insiste que a ordem de expulsão dos funcionários judiciais portugueses é uma questão de segurança do Estado.
Xanana refere que «há algumas pessoas no parlamento e internacionais da Austrália que dizem que isto vai desacreditar os tribunais», mas o primeiro-ministro diz que ainda vai traduzir as resoluções para tétum e para inglês e que está seguro de que não vai haver descrédito porque isto, diz, «é apenas em relação a algumas pessoas».