Excluída menção às migrações na declaração final do Conselho Europeu por pressão polaca e húngara
O parágrafo referia que "a migração é um desafio europeu que exige uma resposta europeia", nomeadamente no que toca à migração irregular, que "deve ser abordada de imediato e de forma determinada".
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A pressão da Hungria e Polónia levou esta sexta-feira à retirada de um parágrafo sobre as migrações da declaração final do Conselho Europeu informal de Granada, por estes países contestarem as novas regras migratórias e defenderem uma votação por unanimidade.
A informação foi avançada à Lusa por fontes europeias, que indicaram que a Declaração de Granada - assim designada numa alusão à cidade espanhola onde decorreu a cimeira informal - foi aprovada por unanimidade, com exclusão do parágrafo das migrações.
Esse parágrafo foi antes substituído por uma declaração do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, sobre a questão migratória, de acordo com as mesmas fontes.
Este foi sempre o ponto de maior discórdia da reunião desta sexta-feira, por Varsóvia e Budapeste insistirem numa menção à necessidade de consenso, face à contestação da votação por maioria qualificada. Com unanimidade, Hungria e Polónia podem vetar.
O parágrafo referia que "a migração é um desafio europeu que exige uma resposta europeia", nomeadamente no que toca à migração irregular, que "deve ser abordada de imediato e de forma determinada".
Logo à chegada ao encontro, os primeiros-ministros da Hungria e da Polónia disseram que não há possibilidade de acordo para um pacto de migração e asilo na União Europeia e que vetam "rotundamente" o entendimento anunciado esta semana.