Prisão domiciliária para militante da oposição ucraniana raptado e torturado (vídeo)
Após ter sido alegadamente torturado, Dmytro Boulatov, um militante anti-presidente Yanukovich, foi agora considerado como «suspeito da organização de atos de agitação maciça».
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As autoridades ucranianas anunciaram, esta sexta-feira, que vão sujeitar a prisão domiciliária um militante da oposição que diz ter raptado a 22 de janeiro e torturado durante uma semana.
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Citado pela agência Interfax, o ministério ucraniano do Interior considerou que Dmytro Boulatov como «suspeito da organização de atos de agitação maciça», o que significaria prisão preventiva para este militante que combate o presidente Viktor Yanukovich.
Contudo, o juiz de instrução pediu ao tribunal para que fosse aplicado a Boulatov a prisão domiciliária por causa do seu atual estado de saúde.
Em declarações a duas televisões, Boulatov garantiu ter sido «crucificado e golpeado» por desconhecidos durante mais de uma semana antes de ser deixado na quinta-feira numa floresta dos arredores de Kiev.
A Casa Branca disse ter ficado «aterrorizada com os indícios evidentes de tortura» infligidos a Boulatov, ao passo que a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, disse ter ficado «consternada» com o caso.
Dmytro Boulatov é um dos líderes da chamada Automaidan, um movimento de manifestantes que, com a ajuda de automóveis, estiveram na origem de várias ações junto à residência de Yanukovich perto de Kiev.