Os prisioneiros da base de Guantánamo poderão «nunca ser libertados» devido ao «perigo» que representam, disse esta terça-feira um porta-voz do Pentágono. Mesmo que sejam ouvidos num tribunal civil, serão posteriormente considerados «combatentes inimigos», adiantou.
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Os prisioneiros da Base Naval norte-americana de Guantánamo, em Cuba, poderão «nunca ser libertados» devido ao «perigo» que representam, disse esta terça-feira um responsável pela Comunicação do Departamento da Defesa norte-americana.
As declarações de Geoff Morrell foram proferidas quando se aguardava a sentença sobre o processo de Salim Hamdan, antigo motorista do líder da Al-Qaida.
Para o porta-voz, mesmo que Salim Hamdan ainda tenha possibilidade de apelar perante um tribunal federal, logo civil, «a curto prazo» será considerado pelos Estados Unidos como um «combatente inimigo», pelo que continuará detido durante mais tempo.
Ainda que duas dezenas de processos possam estar sujeitos ao mesmo regime que o do motorista de Osama bin Laden, a maioria dos prisioneiros, cerca de 265, não será julgada nem libertada, acrescentou o responsável do Pentágono.
Várias organizações internacionais de defesa dos direitos humanos têm denunciado frequentemente torturas dentro da base militar de Guantánamo.