Numa referência aos confrontos entre cristãos coptas e muçulmanos no Egipto, o ministro dos Negócios Estrangeiros condenou a violência que já provocou 24 mortos.
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O ministro dos Negócios Estrangeiros lamentou os incidentes entre cristãos coptas e muçulmanos no Egipto que provocaram 24 mortos e recordou que os processos de transição apesar de serem complexos devem sempre respeitar a liberdade religiosa.
«Quando um país faz uma transição de um regime autocrático para um regime democrático um dos aspectos que é importante e faz parte do respeito pelos Direitos Humanos tem a ver com a protecção das minorias religiosas», explicou Paulo Portas.
O chefe da diplomacia portuguesa disse não confundir «fé com fanatismo» e frisou que sabe distinguir o que é «apoiar aqueles que têm uma visão respeitável e respeitadora da liberdade religiosa e que professam a fé muçulmana daquilo que seja fanatismo de qualquer religião».
«Isso é que é inaceitável ainda mais quando se converte em violência. O respeito pela liberdade religiosa faz parte do catálogo essencial dos Direitos Humanos», concluiu Paulo Portas, em declarações feitas à margem de uma reunião de chefes europeus da diplomacia no Luxemburgo.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também lamentou estes confrontos que provocaram também cerca de 500 feridos e apelou aos egípcios para que se mantenham unidos de modo a que o espírito das mudanças no país possa ser mantido.
Também o presidente dos EUA, Barack Obama, mostrou-se profundamente preocupado com estes acontecimentos, os mais graves desde a revolta popular que esteve na origem da queda do presidente Hosni Mubarak, em Fevereiro.