Pedro Sánchez acusou Rajoy de chantagear a Espanha e reafirmou que os socialistas vão votar contra a sua tomada de posse como presidente do Governo espanhol. O líder do Podemos alinhou nas criticas.
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Dois meses depois de ter ganho as eleições, Mariano Rajoy leva, hoje, a sua solução de Governo a votos no congresso espanhol. O líder do PP tenta de novo formar Governo, mas os partidos à esquerda não lhe facilitam a vida.
No debate de investidura, esta manhã, no congresso espanhol, o primeiro a discursar foi o líder do PSOE que deixou claro que não vai permitir a formação de um governo de Raroy.
Pedro Sánchez voltou a acusar Rajoy de ter governado mal o país, nos últimos anos.
Pedro Sánchez referiu-se ainda ao prazo indicado por Mariano Rajoy, como limite para Espanha alcançar um governo, considerando que o líder do PP está a chantagear o país.
O líder da coligação da esquerda radical Unidos Podemos, Pablo Iglesias, também criticou o programa de governo apresentado por Mariano Rajoy.
Para ser eleito à primeira volta, Rajoy precisava de obter a metade mais um (176) dos votos totais (350) do parlamento espanhol, mas neste momento apenas conta com 170 (137 do PP, 37 do partido de centro-direita Ciudadanos e um da Coligação Canária).
Na segunda votação de investidura, marcada para sexta-feira, Mariano Rajoy apenas precisa de obter uma maioria simples, mas a tarefa continua a parecer impossível depois de todas as formações políticas, para além das três que afirmaram votar a favor, já terem assegurado que iriam votar contra.
O voto de confiança da tarde de hoje vai iniciar um período de dois meses em que ainda é possível formar um novo executivo antes da dissolução do parlamento e a convocação de novas eleições, provavelmente a 25 de dezembro próximo.