O primeiro-ministro russo denunciou a «política criminosa» que o governo georgiano está a usar no conflito da Ossétia do Sul. Na capital da vizinha Ossétia do Norte, Vladimir Putin falou na existência de «dezenas de mortos» e considerou que agora será difícil convencer a Ossétia do Sul a fazer parte da Geórgia.
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O primeiro-ministro russo denunciou a «política criminosa» levada a cabo pelo governo georgiano, tendo Vladimir Putin considerado que as acções feitas pelos russos na Ossétia do Sul foram «legítimas» e «necessárias».
Em Vladikavkaz, capital da Ossétia do Norte, de onde chegou de Pequim, Putin falou ainda em «dezenas de mortos» e «centenas de feridos» na vizinha Ossétia do Sul e considerou que estão a ser cometidos «crimes contra o povo osseta».
Vladimir Putin, que classificou de «catástrofe humanitária» o que está a acontecer nesta república separatista, considerou ainda que a Geórgia aplicou um «golpe mortal» à sua «integridade territorial».
«É difícil imaginar como será possível depois de tudo aquilo que se passou convencer a Ossétia do Sul a fazer parte do Estado georgiano», acrescentou o primeiro-ministro russo, que atacou ainda as pretensões georgianas de fazer parte da NATO.
«A aspiração [da Geórgia] de entrar na NATO é ditada por uma tentativa de arrastar outros países e outros povos nas suas aventuras sangrentas», adiantou Vladmir Putin.
O primeiro-ministro russo pediu ainda aos georgianos para «parar imediatamente todas as agressões contra a Ossétia do Sul e todas as violações contra os acordos de cessar-fogo em vigor e para respeitar os direitos e interesses de outras pessoas».
Segundo russos e ossetas do sul, o conflito nesta região separatista da Geórgia já terá feito entre 1500 a dois mil mortos.