Putin diz que Rússia vai "aumentar potencial militar" e "melhorar prontidão das forças nucleares"
O presidente russo refere que a Marinha terá novos mísseis hipersónicos "no início de janeiro".
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Vladimir Putin afirmou, esta quarta-feira, que a Rússia vai "melhorar a prontidão" das forças nucleares. No final de um encontro com altas patentes militares e no dia em que Zelensky está a caminho dos Estados Unidos para discursar no Congresso, o presidente russo avançou ainda que o país "vai aumentar o seu potencial militar" contra a Ucrânia.
"As forças armadas e as capacidades de combate das nossas forças armadas estão a aumentar constantemente e de dia para dia. E claro, vamos continuar a desenvolver este processo", disse.
O Kremlin "vai dar às Forças Armadas tudo aquilo que elas precisarem", assegurou, acrescentando que a Marinha russa terá novos mísseis hipersónicos "no início de janeiro".
"Hoje os principais países da NATO estão todos a combater contra a Rússia", considerou Putin, prometendo "garantir a segurança dos cidadãos russos".
Donetsk tem sido um dos principais centros de hostilidades nas últimas semanas.
A 30 de setembro, a Rússia anunciou a anexação de Donetsk e Lugansk, as duas regiões que constituem o Donbass, no leste da Ucrânia.
Separatistas pró-russos de Donetsk e Lugansk, apoiados por Moscovo, estão em guerra com Kiev desde 2014.
Dias antes da invasão da Ucrânia, a Rússia reconheceu a declaração de independência dos separatistas do Donbass e usou um pedido de auxílio das duas autoproclamadas repúblicas populares como uma das justificações para a operação militar.
Além de Donetsk e Lugansk, Moscovo anunciou também a anexação das regiões de Kherson e de Zaporijia, onde se situa a maior central nuclear da Europa.
O anúncio das anexações, não reconhecidas por Kiev nem pela generalidade da comunidade internacional, foi feito apesar de a Rússia controlar apenas parte de cada uma das quatro regiões.
A Rússia já tinha anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.