Andreas Lubitz tinha nacionalidade alemã. Tinha 28 anos e nasceu em Montabaur, na Renânia-Palatinado, estado do sudoeste da Alemanha, mas residia em Dusseldorf.
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O copiloto formou-se na escola de voo da Lufthansa em Bremen e obteve a licença de voo em junho de 2010. Na altura, foi considerado como um jovem bem preparado e foi-lhe atribuída a identificação de prestígio da Administração Federal de Aviação. Entrou para os quadros em setembro de 2013 e tinha 630 horas de voo.
De acordo com a agência France Presse, vivia com os pais na cidade de Montabaur, mas tinha também um apartamento em Dusseldorf.
Uma nota do site do clube de pilotos LSC (Luftsportclub Westerwald), um clube alemão de voo privado, citada pelo The Wall Street Journal, indica que «Andreas tornou-se membro do clube [LSC] ainda jovem, para cumprir o sonho de voar».
Durante a conferência de imprensa, o procurador de Marselha, Brice Robin, responsável pela investigação, afirmou que não tem nenhuma informação sobre o perfil psicológico ou a filiação religiosa do copiloto, e sublinhou que Andreas Lubitz não estava em listas de suspeitos de terrorismo.
Também o ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière, afirmou hoje que as forças de segurança alemãs não têm «indícios de contexto terrorista» relacionados com o copiloto do avião da Germanwings que na terça-feira se despenhou nos Alpes franceses.
Segundo Maizière, depois do acidente, as forças de segurança da Alemanha investigaram o passado de todos os 150 ocupantes do avião em duas bases de dados, uma dos serviços secretos e outra da polícia federal. Essa investigação não deu qualquer resultado positivo para indícios de terrorismo.
«Vai ser tudo investigado», disse o ministro, admitindo que, neste momento, os investigadores «estão concentrados no passado da pessoa que assumia o posto de copiloto» do voo 9225 entre Barcelona (Espanha) e Düsseldorf (Alemanha).
O jornal inglês The Guardian conta que Lubitz era descrito por vizinhos como uma pessoa amigável e que perseguia seus sonhos «com vigor».
A agência Associated Press conversou com um membro de um clube a que pertencia Andreas Lubitz. Peter Ruecker disse que Lubitz não mostrava sinais de depressão quando o viu no outono. «Ele estava feliz por ter o emprego na Germanwings e estava bem», disse.