Os rebeldes líbios rejeitaram hoje um acordo elaborado pela União Africana (UA) para a Líbia por considerarem que permitiria a Muammar Kadhafi permanecer no poder, noticiou a agência AFP.
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«Rejeitamos o documento da UA porque não prevê a partida de Kadhafi, dos seus filhos e dos que integram o seu círculo mais chegado», salientou Abdel Hafiz Ghoga, porta-voz do Conselho Nacional de Transição (CNT).
Os chefes de Estado africanos, reunidos numa cimeira extraordinária em Malabo, capital da Guiné Equatorial, adoptaram sexta-feira um acordo para ser proposto às duas partes em conflito na Líbia prevendo, designadamente que o coronel Kadhafi teria que ser demitido fora das negociações e o envio de uma «força de manutenção de paz».
Mas o documento não apela explicitamente a Muammar Kadhafi a ceder o poder, contrariamente ao que é exigido pelo CNT, a direcção política da rebelião.
Os membros da UA decidiram ainda na cimeira de Malabo não cooperar para executar o mandato de detenção emitido pelo Tribunal Penal Internacional contra Kadhafi, justificando a recusa com os sinais negativos para a regulação do conflito na Líbia.
A UA é um dos poucos mediadores aceites pelo dirigente líbio.