Uma «grande manifestação» de apoio ao Presidente venezuelano, Hugo Chavez, hospitalizado em Cuba, foi convocada hoje pelo número três do regime e presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, noticia a AFP.
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Durante uma conferência de imprensa, na sede do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Cabello apelou a «uma grande manifestação, em Caracas, em 10 de janeiro, frente ao palácio de Miraflores [sede da Presidência da República], para apoiar massivamente o Presidente» Chavez.
Adiantou que a manifestação vai ocorrer na presença de «numerosos chefes de Estado de países amigos».
Questionado sobre a possibilidade de o próprio Chavez estar presente, Cabello respondeu: «Não excluímos absolutamente nada».
Acrescentou que «numerosos chefes de Estado de países amigos vão chegar, tal como chefes de governo e ministros de países que vão exprimir a sua solidariedade com o Presidente Chavez e o povo da Venezuela, no respeito pela Constituição».
Cabello, que falava ao lado do vice-Presidente, Nicolas Maduro, não adiantou porém qualquer nome dos dirigentes estrangeiros esperados.
Até agora, o único Presidente que confirmou a sua presença oficial em Caracas foi o uruguaio, José Mujica, que deve chegar na própria quinta-feira.
A Presidente argentina, Cristina Kirchner, tem prevista uma deslocação a Havana na quinta-feira.
O Governo venezuelano entende que Hugo Chavez, reeleito em 07 de outubro e hospitalizado em Cuba há mais de três semanas, poderá prestar juramento para um terceiro mandato, perante o Supremo Tribunal de Justiça, desde que a saúde lhe permita.
Ao contrário, a oposição venezuelana apelou no domingo aos seus apoiantes que saiam para as ruas, para exigir que as funções de chefe de Estado sejam assumidas interinamente pelo presidente do Parlamento, a partir de 10 de janeiro, se Hugo Chavez não estiver capaz de prestar juramento.
A Constituição prevê que em caso de incapacidade absoluta (morte, incapacidade física permanente ou demissão) do presidente eleito, o presidente do parlamento assegura o poder executivo e organiza novas eleições no prazo de 30 dias.