A Renamo reivindicou hoje a morte de 36 militares e polícias das forças de defesa e segurança moçambicanas, a 10 e 11 de agosto, numa «ação de autodefesa», no centro de Moçambique.
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Em conferência de imprensa em Maputo, o porta-voz da Renamo disse que «uma ação conjunta das Forças Armadas de Defesa de Moçambique e da Força de Intervenção Rápida» sofreu 29 baixas mortais no dia 10 de agosto e sete no dia seguinte, «num ataque à segurança» do partido em Pandje, província de Sofala, centro do país.
Fernando Mazanga disse que não houve vítimas entre os homens da Renamo nem entre a população civil.
Ainda não houve qualquer reação oficial a este anúncio.
O porta-voz disse que no terreno continuam «corpos tombados nas matas» e acusou o Governo da Frelimo de «espancar e prender» quem chama a atenção para a situação em que se encontram os cadáveres.
«A Renamo reitera que não quer guerra», afirmou, garantido que o líder do partido, Afonso Dhlakama, «continua a apostar no compromisso assumido em Roma», em 1992, quando foram negociados os acordos de paz para o país.
Mazanga disse que Dlhakama faz «um veemente apelo» ao Presidente da República, Armando Guebuza, para travar os comandantes que «têm usado jovens das FADM e da FIR» para provocarem o seu partido.