Repressão de Damasco apenas serve para adiar retirada de presidente, diz Hillary Clinton
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, considerou que a repressão do regime de Damasco apenas serve para adiar o momento da retirada do presidente sírio, Bachar al-Assad, e que uma «marcha-atrás» já não é possível.
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A «brutalidade (do regime sírio) pode permitir (ao presidente Assad) adiar a mudança em curso na Síria, mas não inverter», escreve Clinton num artigo publicado pelo jornal diário Ashar Al-Awsat, cujo Departamento de Estado publicou a tradução oficial na última noite.
«A questão mais importante de todas: O que é que isto quer dizer para o futuro da Síria? É cada vez mais claro: não há marcha-atrás possível», defende a responsável norte-americana.
Dois altos responsáveis norte-americanos, que pediram para não ser identificados, anunciaram na sexta-feira que os Estados Unidos estavam a tentar perseguir os responsáveis sírios por crimes de guerra para aumentar a pressão sobre o regime.
Pelo menos 1.200 pessoas morreram e 10.000 foram detidas na Síria desde o início das manifestações em Março, segundo várias ONG e a ONU.
Mais de 9.700 refugiados sírios foram acolhidos na Turquia e 5.000 outros no Líbano.