As autoridades sírias prosseguiram a sua ofensiva em Hama, uma cidade tradicionalmente rebelde no norte da Síria onde 23 civis foram mortos desde terça-feira pelas forças de segurança.
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De acordo com o responsável pela organização nacional síria dos direitos humanos (ONDH), Ammar Qorabi, citado pela agência noticiosa francesa AFP, membros das forças militares fiéis ao regime de Damasco entraram no Al-Horani, um dos hospitais da cidade onde se encontravam diversos feridos dos confrontos.
«Os habitantes de Hama fugiram em grande número para al-Salamya, uma cidade próxima, e para Damasco», acrescentou Qorabi ao referir uma «degradação da situação securitária» com «o prosseguimento das operações de busca e assassínios, e detenções nesta cidade».
O número de civis mortos nas últimas 24 horas na sequência da actuação das forças de segurança eleva-se a 23 pessoas, referiu por sua vez o observatório sírio dos direitos humanos (OSDH).
Na segunda-feira, três pessoas, incluindo uma criança, tinham sido mortas em Hamas, uma cidade onde na sexta-feira meio milhão de pessoas desceu às ruas para denunciar o regime do Presidente Bachar al-Assad.
Esta cidade tornou-se desde 1982 num símbolo histórico, na sequência da brutal repressão de uma revolta do movimento clandestino da Irmandade Muçulmana contra o Presidente Hafez al-Assad, pai de Bachar, e que provocou 20 mil mortos.