O debate sobre o aumento do limite da dívida norte-americana prossegue esta semana no Congresso, com os eleitos a trabalhar já num Plano B para evitar que os Estados Unidos entrem em incumprimento a 2 de Agosto.
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O impasse político manteve-se, noticia a AFP, apesar dos alertas feitos na semana passada pelas agências de notação financeira, das pressões da China e das preocupações da administração Obama face a um apocalipse caso o Estado federal não consiga pagar as suas facturas.
O secretário norte-americano do Tesouro, Timothy Geithner, garantiu que vai ser assinado um acordo: «Ninguém vai ser estúpido nesta matéria», assegurou ao canal televisivo CNBC, insistindo que um incumprimento seria «catastrófico» para o país.
No Senado, o chefe da maioria democrata, Harry Reid, decretou que a câmara alta vai continuar a trabalhar «todos os dias, incluindo sábados e domingos até que o Congresso adopte um projecto de lei que impeça os Estados Unidos de escapar às suas obrigações».
Face ao bloqueio, Reid e o seu colega republicano Mitch McConnell estão a tentar uma operação de último recurso para chegar a uma fórmula aceitável pelas duas bancadas.
O Plano B atribui ao presidente o poder de aumentar em três vezes o limite da dívida de 2,5 biliões (milhão de milhões) de dólares (1,7 biliões de euros) até ao próximo ano. A medida deixa assim a responsabilidade (e o risco político também) de aumentar o limite da dívida apenas nos ombros do presidente dos Estados Unidos.
O plano do Senado pode incluir também reduções da despesa até 1,5 biliões de dólares (1,06 biliões de euros) em dez anos, uma medida em relação à qual democratas e republicanos estão de acordo. No entanto, o movimento ultra conservador do Tea Party, muito influente na Câmara dos Representantes, já condenou o plano ao fracasso.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou que o presidente norte-americano, Barack Obama, continua a «apelar ao maior acordo possível», pretendendo também que haja um Plano B como o do senador McConnell. meses acrescida de um spread de 4,95 por cento.